A mucosite oral pode ser considerada um efeito colateral comum a pacientes que são submetidos a alguns protocolos de tratamento oncológico como quimioterapia, imunoterapias, terapias-alvo, radioterapia para tumores localizados em região da cabeça e pescoço e também em pacientes submetidos a transplante de células tronco hematopoiéticas.
Trata-se de uma inflamação da mucosa da boca que pode se manifestar como eritema e ulcerações associada à dor, dificuldade para engolir e para ingerir alimentos podendo levar à perda de peso, dificuldades na realização de higiene oral, além de facilitar a instalação de quadros infecciosos locais e sistêmicos.
Em casos mais graves, esse efeito colateral pode interromper a continuidade do tratamento para o câncer, o que afeta negativamente o prognóstico do paciente, e aumenta os custos globais do tratamento por exigir medicamentos de alto custo para manejo da dor, nutrição enteral ou parenteral além de internações hospitalares.
Sendo assim, é importante que o paciente que irá iniciar um tratamento oncológico passe por uma avaliação com um dentista capacitado para realizar uma adequação bucal prévia ao tratamento oncológico com o objetivo de remover focos infecciosos orais, além de estabelecer seguimento durante a realização desses protocolos para que as toxicidades relacionadas a terapias antineoplásicas sejam identificadas e tratadas precocemente.
Maria Cecília Oliveira e Aljomar Vechiato
Fonte: Elad S, et al. Cancer. 2020. MASCC/ISOO clinical practice guidelines for the management of mucositis secondary to cancer therapy.
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