Panitumumabe (Vectibix), cetuximabe (Erbitux), erlotinibe (Tarceva), afatinibe (Gi otrif) e gefitinibe (Iressa) são medicamentos inibidores EGFR (epidermal growth factor receptor – fator de crescimento epidérmico; iEGFR), um grupo mais novo para o tratamento de cânceres de pulmão, cabeça e pescoço ou intestino.
Essas medicações mudaram a sobrevida de muitos pacientes com câncer, mas também trouxeram um novo padrão de eventos adversos.
Na pele, os eventos mais comuns são o rash papulopustuloso, parecido com espinhas, no rosto e no corpo, além do ressecamento da pele e prurido (coceira); os cílios podem crescer e encurvar, pode haver aumento de pelos no rosto e no corpo, maior sensibilidade ao Sol, rachaduras nos cantos dos dedos e calcanhares, por conta do ressecamento, e inflamação nos cantos das unhas.
Algumas dicas são importantes:
- Antes de começar o tratamento com algum inibidor do EGFR, converse com o oncologista sobre a possibilidade de tomar doxiciclina desde o início do uso do iEGFR, um antibiótico anti-inflamatório que pode reduzir a intensidade do rash papulopustuloso;
- Proteja a pele do Sol com protetor solar FPS>30 e proteção UVA, chapéu de aba larga, roupas com proteção UV e óculos com proteção UV; evite se expor ao Sol entre 10-16h;
- Use bastante creme hidratante, no rosto, no corpo, nas mãos e nos pés! Vai ser fundamental, pois a pele resseca muito durante o tratamento com iEGFR; além disso, medidas como banho morno e rápido, sabonete suave, sem bucha são importantes; pele hidratada coça menos;
Se as reações na pele incomodarem, procure um dermatologista! Há tratamentos para melhorar os efeitos adversos dos inibidores de EGFR na pele e melhorar a qualidade de vida.
Giselle Barros e Adriana Mendes
Fonte: Clin Colorectal Cancer 2018;17(2):85-96; Cancer Invest 2019;37(6):253-264
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