Muitos de vocês já devem ter ouvido falar sobre a regra do ABCDE para o diagnóstico do melanoma cutâneo. Ela foi criada em 1985 por dermatologistas americanos, atualizada em 2004 com a inclusão da letra E de evolução, e tem como o objetivo facilitar o diagnóstico do melanoma por médicos generalistas e pela população geral.
No entanto, a grande maioria não deve conhecer o sinal do “patinho feio” (vejam as fotos do post). Nós temos uma identidade névica, ou seja, nossos nevos melanocíticos, as famosas “pintas”, possuem um padrão clínico que os torna parecidos.
Sabemos que o melanoma, tumor maligno e agressivo da pele, pode surgir a partir da transformação de nevos preexistentes ou “de novo” quando há o surgimento de um sinal que já é um melanoma. Na verdade, segundo revisões recentes da literatura, ao redor de 80% dos melanomas surge “de novo”.
Dessa forma, durante o autoexame da pele, devemos ficar atentos aos sinais preexistentes e àqueles que eventualmente surjam e tenham um comportamento diferente das nossas pintas, ou seja, cresçam de maneira rápida e desordenada, tenham mais de duas cores e se destaquem quando comparados aos outros sinais, configurando o “patinho feio”.
A associação das duas regras, ABCDE e sinal do “patinho feio”, melhora a acurácia diagnóstica para o melanoma.
Fiquem atentos aos seus sinais de pele e, em caso de lesão suspeita, procure rapidamente um médico dermatologista!
Adriana Mendes e Giselle Barros
Fontes: CA Cancer J Clin. 1985;35(3):130-151; J Am Acad Dermatol. 2017;77(6):1088-1095; J Am Acad Dermatol. 2017;77(5):938-945.e4
Fotos: Google; skincancer.org; pt.slideshare.net (Kelly Nelson)
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