A menopausa é uma fase marcada pelo declínio do estrógeno ovariano, entre outras alterações hormonais, com mudanças no sistema nervoso central, pele, mucosa, peso, metabolismo, função sexual, urogenital e no sistema musculoesquelético.
A baixa nos estrógenos intensifica os efeitos do envelhecimento intrínseco e ambiental, pois o estrógeno tem um papel importante no aumento do colágeno, na espessura e hidratação da pele. Além disso, há uma correlação positiva entre os níveis circulantes de estrógeno e a percepção da idade, da atraência, da saúde da pele e seu viço.
A alterações fisiológicas da menopausa são bastante notadas na pele, uma vez que a pele perde sua estrutura arquitetural. Baixas concentrações de estrógeno afetam o metabolismo celular na derme, com impacto no conteúdo de colágeno, glicosaminoglicanos e água. A quantidade de água é diretamente diminuída devido à redução nos glicosaminoglicanos hidrofílicos. Há redução de colágeno I e III, aumento na flacidez e diminuição da elasticidade.
O foco do tratamento da pele na menopausa consiste, então, no reforço da hidratação e da nutrição da pele, estímulo dos fibroblastos (que produzem o colágeno) e indução da renovação da pele. A terapia de reposição hormonal pode trazer risco de câncer de mama e seu uso deve ser discutido com o ginecologista.
Pacientes com câncer podem encarar a menopausa precoce seja pelo dano direto da quimio/radioterapia ou cirurgia nos ovários, como pelo bloqueio ovariano induzido. Mulheres que já fazem tratamento de câncer de mama não devem se submeter à reposição hormonal.
A dermatologia apresenta diferentes opções para ajudar a melhorar a autoestima nesse momento tão importante da vida da mulher, em que ela se sente produtiva e quer se sentir bem. Não hesite em consultar um especialista.
Giselle Barros e Adriana Mendes
Fonte: Mech Ageing Dev. 2020; 185: 111193
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