Na superfície terrestre, os raios UVA são mais abundantes (90-95%) do que os raios UVB (5-10%); UVA está presente ao longo de todo o dia, enquanto UVB varia de acordo com a hora do dia (mais elevado entre 10-14h), a estação do ano e a latitude.
Os raios UVA penetram mais profundo na pele e estão mais relacionados ao envelhecimento cutâneo e bronzeamento da pele, enquanto os raios UVB atingem a camada mais superficial da pele e causam vermelhidão (a queimadura solar).
Quando tomamos Sol, a energia dos raios UVB danifica o DNA (material genético) das células da pele, com a ativação de oncogenes (genes cancerígenos) e redução da atividade de genes supressores tumorais (que combateriam a formação de células cancerígenas). Esse processo costuma ser reparado nas células da pele.
Além do “estrago” direto no DNA, tanto os raios UVA como UVB podem produzir radicais livres, que atacam o DNA, proteínas e outras estruturas celulares.
O hábito repetido e frequente de se expor ao Sol, ou a exposição ocasional intensa, com queimadura solar, podem causar um desequilíbrio desse sistema de reparo e de combate aos defeitos celulares causados pela radiação solar, com a prevalência das mutações que geram o câncer de pele.
Por isso, atentem-se às medidas de fotoproteção: usar (e reaplicar) de modo correto o protetor solar com proteção UVA alta e UVB com FPS > 30 (interessante o que têm também substâncias antioxidantes e enzimas de reparo do DNA), ficar na sombra entre 10-16h, usar chapéus, óculos escuros e roupas de proteção.
Giselle Barros e Adriana Mendes
Fonte: Anticancer Res. 2018;38(2):1153-1158. Br J Dermatol. 2019;181(5):916-931.
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