Os produtos avaliados nesses estudos são componentes de protetores solares químicos.
Para lembrar, existem protetores solares chamados físicos, à base de dióxido de titânio ou óxido de zinco, que costumam deixar a pele esbranquiçada e que conferem proteção por reflexão dos raios ultravioletas; e existem os protetores solares químicos, à base de substâncias como avobenzona, oxibenzona, octocrileno, homosalato, octisalato ou octinoxato, que absorvem a radiação UV, com possibilidade de maior proteção quando combinados ao protetor físico e com melhor espalhabilidade (não deixam esbranquiçado).
É sabido o efeito benéfico da proteção solar para a redução do risco do câncer de pele, tanto carcinoma como melanoma, especialmente em pessoas de pele clara.
Por isso, recomenda-se que se mantenha o uso do protetor solar, apesar de não se saber ao certo o efeito da absorção sistêmica dos componentes dos protetores solares químicos, até que surjam evidências de que o dano supera o benefício.
Enquanto não temos essa informação, algumas dicas são importantes:
- Lembre-se das outras medidas de proteção solar sabidamente não danosas (e muito benéficas) para seu organismo: procure a sombra, evite exposição nos horários de pico de radiação (entre 9-16h), use roupas de mangas compridas (com proteção UV, se possível), além de chapéu e óculos escuros
- Opte por protetores solares predominantemente físicos ou minerais, especialmente nas crianças! Não é tão comum acharmos no Brasil os 100% físicos, mas existem
- Evite protetor solar com componentes NANO! São moléculas muito pequenas, que podem ser mais facilmente absorvidas na pele.
Fonte: JAMA. 2020;323(3):223-224
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